Pensei em fazer algumas introduções nesse post, mas acho que não serão necessárias. O seu conteúdo falará por si.
Agora à tarde, como passei a fazer com todos os nomes relacionados nos documentos tornados públicos pela investigação da Operação Sinal Fechado, enviei um e-mail, que reproduzo abaixo, ao jornalista Cassiano Arruda, meu antigo professor na UFRN:
Cassiano respondeu e, conforme disse no e-mail, reproduzo integralmente sua resposta abaixo (não alterarei sequer a configuração):
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Em relção ao
comentário sobre insegurança jurídica, sobre uma demanda do Sindicato da
Industria da Construção Civil sem nada a ver com a inspeção veicular,
mantenho-o, integralmente e até poderia repetí-lo hoje. Lembrando que a
Promotoria do Meio Ambiente foi de onde partiu a sugestão para se fazer inspeção
veicular no RN (assunto que tive oporunidade de comentar, agora depois de
deflagrada a tal Operação - "Falta alguém na Operação Sinal
Fechado)..
Acho que não
deixei de responder a nenhuma questão do seu interrogatório, mas, se quiser mais
alguma coisa comigo estou pronto a atendê-lo, no meu escritório. Afinal não
disponho de tanto tempo além de minhas obrigações diárias, para cumprir pauta
feita por filho da puta nenhum; espero já ter virado essa página... Aliás,
depois dos 65 anos de idade tive a audácia de montar um jornal para não ficar
querendo estabelecer linha editorial para veiculo de comunicação nenhum a não
ser o meu (devendo explicações só ao seu leitor). É o que tenho procurado fazer
nesses mais de dois anos, sem dar a ninguém - a ninguém mesmo - o gosto de
estabelecer a linha editorial.
Cassiano Arruda
Câmara
Cassiano confirma que George Olímpio "tem contrato de advocacia de partido com a empresa que edita o NOVO JORNAL, que não tem reclamações a fazer sobre a natureza do serviço contratado e pago". Confirma também que o jornal vendeu espaço de matérias para o Consórcio Inspar em 2010. E, talvez o mais interessante, confirma, ainda que indiretamente, que é ele mesmo que está sendo referido nas conversas interceptadas e já tornadas públicas pelo MP.
Aquilo que evidencia a irritação de Cassiano em responder ao meu e-mail não precisa ser destacado. Apenas devo enfatizar que Cassiano é mais um no RN a me chamar de filho da puta ("Afinal não disponho de tanto tempo além de minha obrigações diárias, para cumprir pauta feita por filho da puta nenhum").
Agora à tarde, como passei a fazer com todos os nomes relacionados nos documentos tornados públicos pela investigação da Operação Sinal Fechado, enviei um e-mail, que reproduzo abaixo, ao jornalista Cassiano Arruda, meu antigo professor na UFRN:
Caro Jornalista e meu ex-professor
Tenho procurado publicar em meu blog (http://blogdodanieldantas.blogspot.com) informações acerca das duas mais recentes operações policiais comandadas pelos Promotores de Defesa do Patrimônio Público (Pecado Capital e Sinal Fechado).
O texto abaixo é trecho deste post em que referi diversas citações a "Cassiano", identificado também como "amigo do jornal", feitas em interceptações de ligações telefônicas entre os denunciados. Ao mesmo tempo, republiquei alguns textos publicados pelo Novo Jornal que pareciam favoráveis ao Consórcio INSPAR, ainda em fevereiro de 2011.
Esses elementos parecem indicar que o Cassiano citado nas gravações seria você, o jornalista Cassiano Arruda. Você teve realmente essas conversas que lhe são atribuídas ("Alcides repete que Cassiano ligou a pedido de Joã o Faustino")?
Tive informações de fontes diversas que as matérias publicadas em meados de outubro de 2010, pelo Novo Jornal, apresentando a Inspeção Veicular e o Consórcio INSPAR, foram "matérias pagas". Você confirma?
Por fim, recebemos também a informação que, além de ser advogado do ex-governador Iberê Ferreira de Sousa, George Olímpio também seria advogado do Novo Jornal: tal informação procede?
(Enviei, na sequência, uma parte deste post)
Cassiano respondeu e, conforme disse no e-mail, reproduzo integralmente sua resposta abaixo (não alterarei sequer a configuração):
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Sr. Blogueiro,
Já tinham me dito que tinha alguém querendo me jogar no meio da Operação
Sinal Fechado (que de ilegal, aparentemente, teve a compra de facilidades
governamentais - como não ocpupo cargo nenhum em Governo, nem trabalho
com lobby, me achei liminarmente fora do ilícito, até o seu
interrogatório). Pelo tom inquisatorial do seu e-mail, vai ver que era você (num
blog que nunca acessei) repetindo um tipo de comportamento hoje muito em voga,
de levantar a suspeita primeiro, e perguntar depois.
Sim, tratei de assuntos jornalísticos com o pessoal da inspeção veicular.
Fui procurado por eles me oferecendo uma boa matéria jornalística. No meu
julgamento a opinião de um Ministro aposentado de Tribunal Superior concede ao
assunto interesse onde havia a perspectiva de demanda judicial.
Guardei a PROVA que você, certamente, não esperava que eu tivesse. Um
e-mail enviada pelo escritório do ministro José Augusto Delgado, reproduzida
numa das notas que você transcreveu:. Eis o e-mail e mim recebido.
-.-.-.-.-.-.-
Natal/RN,
sexta-feira, 04 de fevereiro de 2011.
Prezado Jornalista Cassiano
Arruda,
O
Dr. José Augusto Delgado, que nos lê por cópia, solicitou encaminhamento,
por meu intermédio - diante da impossibilidade de fazê-lo pessoalmente -, do
texto abaixo, contendo resposta ao contato que recebeu de seu Jornal sobre a sua
atuação em defesa dos interesses do Consórcio Inspar. Eis a
resposta:
Amigo
Cassiano,
Em
atenção ao seu contato, afirmamos que o nosso escritório aceitou a causa do
Consórcio INSPAR por acreditarmos, firmemente, no seu direito, que tem por
objetivo a proteção do meio ambiente, em benefício da saúde do ser humano. As
teses a serem apresentadas estão sendo estudadas, com profundidade, por toda a
equipe de advogados do nosso escritório, sob a nossa orientação, e serão
publicizadas depois que o Poder Judiciário, a quem rendemos as nossas maiores
homenagens, delas tomar conhecimento.
José
Augusto Delgado.
Fone:(61)
8112-7987
(infelizmente não consegui
reproduzir o papel timbrado do Escritório José Delgado & Nobre Advogados
Associados).
-.-.-.-.-.-.
Nesses mais de 40 anos de
jornalismo, nem no tempo da Ditadura, havia presenciado qualquer patrulhamento sobre
o relacionamento entre fonte e jornalista, tratando de um fato de interesse
público, como é o caso em tela. Aliás, para exercer a profissão de repórter não
dá para selecionar o conceito – ético ou moral – de suas fontes. Embora no caso,
houvesse a oferta de um Ministro aposentado de Tribunal Superior
Quanto a insinuação descabida de taxar a
coluna, que escrevo há 39 anos e meses, como matéria paga, repilo por não ter
essa pratica em toda uma vida (usando seu raciocínio você me dá o direito de
indagar: - quem pagou para você me inquirir desta forma?). E, se você não
tivesse se colocado com meu ex-aluno, o único caminho era partir para o
desaforo. – Como, usualmente, é usada a régua do próprio caráter para medir o
comportamento alheio, dispenso-me de dar resposta merecida
A publicação de anúncios e matéria de interesse da empresa que se
preparava para ganhar uma concessão governamental no NOVO JORNAL foi
tratada no local próprio: - O Departamento Comercial.
O
escritório do advogado George Olimpio tem contrato de advocacia de partido com a
empresa que edita o NOVO JORNAL, que não tem reclamações a fazer sobre a
natureza do serviço contratado e pago; assim como já recorremos a outros
escritórios.
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Quatro de fevereiro, data do e-mail do escritório de José Delgado, foi o dia em que Cassiano publicou esta nota em sua coluna:
Cassiano confirma que George Olímpio "tem contrato de advocacia de partido com a empresa que edita o NOVO JORNAL, que não tem reclamações a fazer sobre a natureza do serviço contratado e pago". Confirma também que o jornal vendeu espaço de matérias para o Consórcio Inspar em 2010. E, talvez o mais interessante, confirma, ainda que indiretamente, que é ele mesmo que está sendo referido nas conversas interceptadas e já tornadas públicas pelo MP.
Aquilo que evidencia a irritação de Cassiano em responder ao meu e-mail não precisa ser destacado. Apenas devo enfatizar que Cassiano é mais um no RN a me chamar de filho da puta ("Afinal não disponho de tanto tempo além de minha obrigações diárias, para cumprir pauta feita por filho da puta nenhum").
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