#Pinheirinho: Justiça paulista reduz dívida de IPTU de Nahas em R$ 1,6 milhão

Do UOL

(http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/02/03/justica-reduz-r-16-milhao-da-divida-de-iptu-de-proprietaria-do-pinheirinho.htm)


A massa falida da empresa Selecta Comércio e Indústria S/A, proprietária do terreno que abrigava a comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), conseguiu na Justiça reduzir R$ 1,6 milhão da dívida que contraiu junto à prefeitura por não pagamento de IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano).

Foto 111 de 183 - 24.jan.2012 - Máquinas trabalham na demolição de casas do terreno Pinheirinho, em São José dos Campos (SP). A reintegração de posse da área, que era ocupada desde 2004 por cerca de 1.600 famílias, foi iniciada no último domingo (22). Algumas casas foram destruidas com objetos dentro, causando indignação nos moradores Mais Fernando Donasci/Folhapress

A dívida total da massa falida com a prefeitura é de R$ 14,6 milhões. O valor abatido refere-se ao IPTU de 2004 e 2005. Os advogados da Selecta, empresa do investidor Naji Nahas, entraram com ação em 2006 solicitando alteração da alíquota de cobrança do imposto nos dois anos.

Com a decisão favorável, a Selecta conseguiu reduzir R$ 777 mil do IPTU em 2004 e R$ 835 mil em 2005. A decisão, de segunda instância, foi do juiz José Henrique Fortes Júnior, da 15ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, e ocorreu na última sexta-feira (28), seis dias após a reintegração do terreno.

A Prefeitura de São José afirmou que já recorreu de decisão. A vitória da Selecta na Justiça abre precedente para a massa falida pedir redução da alíquota do IPTU também nos anos seguintes, o que reduziria sensivelmente as dívidas da massa falida com o terreno do Pinheirinho.

Segundo Antonio Donizete, advogado das famílias despejadas, a Selecta nunca pagou IPTU desde que comprou o terreno, em 1982. A massa falida também possui dívidas com a União.

Nahas foi preso em 2008 durante a operação Satiagraha, acusado pela Polícia Federal de cometer crimes no mercado financeiro. Em 1989, o investidor foi apontado como o responsável pela quebra da bolsa do Rio de Janeiro, ao comprar e vender ações para si mesmo, utilizando laranjas, para controlar os preços do mercado.

A reportagem do UOL procurou os advogados da massa falida, mas não conseguiu localizá-los.

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