Era dia 9 de fevereiro de 2011. O governo do RN anunciaria, em poucas horas, o cancelamento do contrato de insperação veicular com o Consórcio Inspar - cancelamento que somente foi efetivado em maio. Mas antes disso, os envolvidos no esquema fraudulento já tinham recebido a informação. Falamos sobre isso aqui.
O que aconteceu naquele dia? Pela manhã, os membros da organização são informados de que o contrato será cancelado. George Olímpio, apontado como líder da organização, é convocado para ir a Brasília. Em telefonema com Gilmar da Montana, George diz: "Eu estou chegando no aeroporto. Eu tô indo para Brasília agora... vou falar com o Ministro [José Delgado] e com José Agripino... eles mandaram me chamar lá, tô pegando o vôo agora". Abaixo, o trecho da transcrição na petição da Operação Sinal Fechado:
Perceba que não foi George que pediu o encontro com o senador e o advogado José Delgado: "eles mandaram me chamar lá". O interesse em conversar com George no dia do anúncio do cancelamento do contrato era todo de José Agripino. Que se comporta menos como colaborador e mais como líder - afinal, o senador mandou chamar George.
Em conversa subsequente, George conversa com o ex-cunhado, Eduardo Patrício, antigo dono da Delphi Engenharia. E Eduardo dá a senha: a solução possível é "seguir com José [Agripino]".
O que trouxe, finalmente, os holofotes sobre José Agripino nesta semana foi um vazamento de depoimento justamente do réu Gilmar da Montana. Gilmar informa ter sabido por George que foi repassado R$ 1 milhão para as campanhas de José Agripino e Rosalba Ciarlini por parte da quadrilha.
Note o trecho seguinte do depoimento de Gilmar:
Gilmar diz que pediu ajuda, para salvar o negócio, a alguns desembargadores. Entre os quais estão Osvaldo Cruz e Rafael Godeiro - denunciados por Carla Ubarana e George Leal como beneficiários dos desvios investigados na Operação Judas.
Não é por acaso, então, que na conversa acima entre George e Gilmar da Montana, um outro nome aparece convocando os membros da quadrilha. Diz Gilmar: "... Osvaldo queria falar com a gente... eu não sei, você que sabe, se você não quiser ir não vá". Além de José Agripino, agora é o desembargador Osvaldo Cruz que deseja conversar com a quadrilha? O conteúdo da ligação combina perfeitamente com o que foi dito por Gilmar no depoimento - que agora José Agripino diz que foi dado sob efeito de medicamentos.
Enfim, no TJ parece que se cruzam Judas e Sinais Fechados.
O que aconteceu naquele dia? Pela manhã, os membros da organização são informados de que o contrato será cancelado. George Olímpio, apontado como líder da organização, é convocado para ir a Brasília. Em telefonema com Gilmar da Montana, George diz: "Eu estou chegando no aeroporto. Eu tô indo para Brasília agora... vou falar com o Ministro [José Delgado] e com José Agripino... eles mandaram me chamar lá, tô pegando o vôo agora". Abaixo, o trecho da transcrição na petição da Operação Sinal Fechado:
Perceba que não foi George que pediu o encontro com o senador e o advogado José Delgado: "eles mandaram me chamar lá". O interesse em conversar com George no dia do anúncio do cancelamento do contrato era todo de José Agripino. Que se comporta menos como colaborador e mais como líder - afinal, o senador mandou chamar George.
Em conversa subsequente, George conversa com o ex-cunhado, Eduardo Patrício, antigo dono da Delphi Engenharia. E Eduardo dá a senha: a solução possível é "seguir com José [Agripino]".
O que trouxe, finalmente, os holofotes sobre José Agripino nesta semana foi um vazamento de depoimento justamente do réu Gilmar da Montana. Gilmar informa ter sabido por George que foi repassado R$ 1 milhão para as campanhas de José Agripino e Rosalba Ciarlini por parte da quadrilha.
Note o trecho seguinte do depoimento de Gilmar:
Não é por acaso, então, que na conversa acima entre George e Gilmar da Montana, um outro nome aparece convocando os membros da quadrilha. Diz Gilmar: "... Osvaldo queria falar com a gente... eu não sei, você que sabe, se você não quiser ir não vá". Além de José Agripino, agora é o desembargador Osvaldo Cruz que deseja conversar com a quadrilha? O conteúdo da ligação combina perfeitamente com o que foi dito por Gilmar no depoimento - que agora José Agripino diz que foi dado sob efeito de medicamentos.
Enfim, no TJ parece que se cruzam Judas e Sinais Fechados.
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